terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Do ponto de vista.

Das coisas que já experimentei na vida, o que julgo mais difícil é lidar com nossos sentimentos.
São muitas coisas que tem os mesmos sintomas, mas são completamente diferentes e nos deixam loucos.
Por exemplo, confundir carinho com amor, ódio com raiva, saudade com carência.

Pior que isso são pessoas que querem ditar as regras para lidar com seus sentimentos. Mal sabem elas que estou cagando regras desde que me conheço por gente!
O interessante é que normalmente essas pessoas são as que mais sofrem por coisas tão simples e corriqueiras... Acho que é por se guardar tanto que acabam desabando por nada.

Pois digo e com precisão: Ninguém consegue controlar saudavelmente seus próprios sentimentos.
É impossível. Inviável. Torturante.
E uma vez sendo torturante, conclui-se que não é saudável.
Não entendo ainda qual é o problema em assumir e viver aquilo que se sente.
Para que essa preocupação com que os outros pensam?
Já falei uma vez e repito sempre: O que os outros pensam é problema deles.
Afinal, eles são só os 'outros'.

Acho o orgulho necessário. Mas não antes da primeira tentativa.
Não apoio quem sofra várias vezes pela mesma pessoa; pelo mesmo motivo.
Mas acredito que sofrer faz parte do crescimento. Independente do que se trata.
Sofrimento, na maioria das vezes, remete ao amor. Mas não é disso que eu estou falando e eu não só falo disso.
Amor aqui nesse blog é só para amigos, família e ficção.
O resto é paixão ou engano.

Eu me descobri através de um trecho do Fernando Pessoa: "Põe quanto és no mínimo que fazes". E assim sou inteira.

No final, acho que deve ser triste para alguém descobrir que não sentiu tudo que tinha para sentir. Que não viveu e não aproveitou o que de mais fantástico existe na vida: SER.
Afinal, há pessoas que SÃO. E há pessoas que EXISTEM.


Mas tudo isso é só uma questão de opinião.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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Adeus.
Talvez começando com a palavra mais difícil de ser dita, seja mais fácil terminar.
Não pensei que algo que começou tão despretensiosamente fosse tomar a proporção que tomou e que seria tão ruim de colocar um ponto final.
Percebi a importância de cada hora do dia e tentei achar fórmulas de fazer o dia ser mais extenso. Mas não controlo o tempo e ele passa muito rápido quando estamos felizes, talvez por saber que nada é para sempre... Como isso não está sendo.
Não quero te esperar chegar em casa hoje.
Desculpa te decepcionar. Sei que você me acha forte e corajosa mas quando o assunto é despedida sou bem covarde. E antes que você comece a me culpar, me desculpe pela bagunça que eu fiz na sua vida; por te viciar em chocolate com creme de leite, em patê de salsicha e em mate gelado.
Desculpa. Desculpa de verdade.
Não tenho a intenção de te magoar. Nunca tive. Mas o que posso fazer se me apaixonei por você e não pude evitar de viver isso e de te viciar no meu mundo, mesmo sabendo que estava aqui de passagem e que teria que dizer adeus, um dia.
Queria mesmo te trazer para ele, te levar comigo, mas sabemos que paixões são passageiras e seria muito egoísta querer que você anule seus planos para viver os meus. Sendo assim, faço minhas malas e vou.
Pode ser pedir muito para você não pensar que sou uma má pessoa. A raiva costuma nos deixar cegos, mas sei que você tem uma alma tão evoluída que vai saber lidar com isso.
Sou inteira em tudo o que faço, sendo assim, sabe que vivi 100% desse caso. E é tão raro encontrar alguém que viva as coisas desta maneira, que julguei importante você saber.
Não queira saber o que eu estou sentindo, porque eu não sei o que devo sentir agora. Na verdade, hoje estou me abstendo de sentimentos para não fazer nada fora do eu julgo correto. Sou impulsiva demais para tomar decisões envolta de tanta coisa que eu não sei identificar. Então, não quero pensar nisso agora.

Em menos de uma hora você estará de volta. Vou me apressar e acabar logo com essa angústia. Não quero dar o último abraço.

Apaixone-se sempre que puder. Você é o melhor dos amantes.