quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Devaneio

(...)


Aí ele estava lá... Parado, decidido e com o sorriso largo que mais me encantava.
E descobrimos que aquela distância toda que criamos só nos fazia entender o porque queríamos tanto estar juntos.
Sim, mesmo quando fingíamos não existir um ao outro.
Mesmo quando inventávamos motivos para não nos vermos mais, sempre sabendo que dali a algumas horas estaríamos com a dor sufocante da separação.
Criamos um mundo que só nós entendíamos e nunca precisávamos nos explicar.
Ao rever aquele rosto novamente senti meu corpo todo gelar, como se fosse invadido por uma avalanche de água à temperatura mínima e uma porção de borboletas invadiam meu estômago.
Decidimos andar passo a passo em direção ao outro. Devagar, para saborear o gosto da saudade que podiamos enfim matar naquele momento.
Parecia que estava só no meio daquela cidade, mesmo com todas aquelas pessoas ao redor e todo aquele barulho, eu conseguia ouvir seus passos como som único do momento.
Respirei fundo, não sabia ao certo o que dizer e resolvi não dizer nada.
Ele também.
E assim, nos abraçamos como se fossemos os últimos seres a existir na terra.

E tudo me passou pela cabeça quando me encontrei parada no mesmo lugar. Mas dessa vez, sozinha.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sobre o futuro.

Hoje, fingi ir para a faculdade.
Tive uma aula produtiva... Que me fez lembrar que tenho muita coisa a pensar sobre o TCC e após, fui ao bar, aquela segunda sala de aula onde aprendemos coisas que jamais seriam dadas em sala.
Enfim.
Como companheiro de (quase) sempre Igor. E após, Sandra e Carol, companheiras de TCC.
O fato é que meu TCC fala de um ponto de vista X "o que esperamos do futuro".
E a conversa foi longe.

Começei a pensar em tantas coisas que aconteceram por essas últimas semanas que por acaso tem a ver com o que esperávamos do futuro, que hoje é presente.
Do que eu esperava hoje, e amanhã nem vou me lembrar.
Qualquer pessoa que conversar a fundo comigo sabe que tenho dois amigos únicos, não que sejam assim únicos de fato, tenho muitos amigos graças a Deus, mas esse dois são diferentes, especiais.
Tenho o Igor do lado masculino, do lado de mesma profissão, do lado mesma visão de futuro. E tenho a Isis que é, que foi e espero que sempre seja ela.
Somente.
Hoje, ao conversar pensamos que às vezes pensamos tanto que não somos metade do que gostaríamos de ser, mas temos muito mais que muitas pessoas gostariam de ter: Temos AMIGOS, temos FELICIDADE, temos HISTÓRIAS PARA CONTAR.

Sabe, quando cheguei em casa, sentei e pensei que se um dia eu casar, ter filhos, quero sentar no quintal da minha casa junto com meus filhos, os filhos do Igor e os filhos da Isis e contar as tantas histórias que temos juntos, separados, da vida, do mundo!

É isso. O futuro, sei lá se vai acontecer. Quer saber? Que se dane!
Todos nós temos metas, temos objetivos e faremos o possível para alcançá-los, mas tem coisas que não são tratadas como metas, são tratadas como experiência de vida. São momentos que ninguém pode nos tirar.

E como o Igor sempre diz: NÓS SOMOS JOVENS, E TEMOS TODO O TEMPO DO MUNDO.

E é isso. As coisas vão melhorar mais, vão ser menos preocupantes e continuaremos sendo felizes, do nosso jeito insano de ser!

Ufa! Desabafei. Posso chorar agora? De tanta felicidade?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Nota sobre o fim de semana.

Parágrafo Único:
Não confie em ligações de retorno no sábado à noite. Elas não acontecem e fica tarde para você sair sozinha (o).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A vida como ela deveria ser.

Essa falta de emprego tem feito estragos na minha mente, no meu humor, no meu ânimo.
Penso que, aquela coisa de cabeça vazia(...) tem voltado com tudo. E isso não é um bom sinal.
Não mesmo.

Meus dias se resumem em: Ir à academia, regrar a alimentação, procurar estágios, ler blogs na internet e ir à faculdade.
Estou me estressando muito facilmente. Minha mãe que o diga.
Estou abrindo mão de algumas coisas, principalmente das que eu dava muita importância sem ter. Então tudo bem.

Toda essa crise me faz pensar no que eu sou hoje e no que eu gostaria de ser aos 22 anos.
Eu pensei que já estaria formada (embora falte só 10 meses), pensei que estaria com um emprego fixo e uma carreira consolidada.
Pensei que estaria num relacionamento sério;
Pensei que teria meu carro próprio;
Meu apartamento;
Cartão sem limites...
Pensei que já teria viajado por muitos lugares... Mas ainda não saí do trecho São Paulo - Curitiba - Santa Catarina - Minas Gerais.

Eu me imaginava completamente diferente do que eu sou hoje. Mas assim, COMPLETAMENTE mesmo!
De um lado, foi bom. Porque eu era um pouco travada para as coisas, e hoje sei lidar com situações sem me censurar.
Mas as vezes acho que eu devia ter um pouco mais de seriedade para encarar as coisas. Ter mais punho firme, o que eu achava que tinha e hoje vejo que não tenho.

Minha cabeça está uma zona. Está um caos!
Às vezes tenho medo de pirar ou jogar tudo pro alto.
Mas sei que mesmo que eu quisesse eu não conseguiria.
Eu olho pra trás e vejo que eu consegui muita coisa com persistência, força de vontade e sonhando.

Logo, devo pensar que fases ruins são comuns.
O incomum é conseguir passar vitoriosa por elas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sobre histórias de amor.

Existem histórias e histórias...
Cada qual com seu valor, sua dose emotiva, sua importância e seu fantástico poder de tocar pessoas que nem conhecem seus "personagens".
Histórias contadas em filmes, por mais que emocionem, acabam por serem esquecidas, por não serem levadas tão a sério. Por mais tocante que sejam não são reais, não fazem parte da nossa realidade. Da minha realidade.
História de nossos próximos, amigos e afins, acabam por serem (na maioria das vezes) chatas... Normalmente conhecemos só um lado da história e julgamos o outro lado sem saber. Sentimos a dor desse lado que conhecemos e acaba por se tornar chata.
Já a história que me fez ter vontade de escrever hoje é uma outra categoria.

A falta do que fazer me faz chegar em lugares que eu jamais acharia se tivesse algo realmente importante por fazer.
Estou falando de internet, de sites pessoas, blogs, fotologs.
E foi no segundo citado que peguei um pedaço de uma história que sei mais ou menos como começou e descobri hoje como terminou.

A moça postava uma foto de um cara, uma foto muito bonita, em preto e branco e o cara sorria com vontade, com prazer, com felicidade.
Seguia um texto sobre a foto.
O texto dizia da perda, da dor, da tristeza e da saudade da garota.
Deixava claro que o casal estava separado, que havia problemas, mas que ela o amava.
Que sentia saudade, que doia.
Fotolog, assim como blog, tem espaço para receber comentários.
Dentre os comentários, havia um que chamou a atenção:
"Toda história tem três lados: o seu, o meu e a verdade.!"

Entrei, claro, no fotolog do rapaz.

De fato era o ex namorado da qual a moça se referia na postagem.

Essa história ficou na minha cabeça. Fiquei triste. Senti uma dor.
Até poderia dizer que me despertou inveja. Da dor, da saudade.
É ruim não ter de quem ter saudade nesse quesito. De não amar, e até de não sofrer.
Não sei qual foi o motivo, mas sei que eles se amam. Sei porque senti nas fotos, no sentimento ali posto.

Eu vi essa postagem no começo do ano.
Quando foi hoje, fiquei fuçando até achar o tal fotolog.
Achei-o.
E veja só: Eles voltaram! Tinha foto dos dois juntos. Tinha frases bonitas sobre amor.
Tinha felicidade!

Pensei que há muito tempo não sinto isso.
Parei e lembrei que faz muito tempo que não me entreguei a um amor, a uma paixão.
Não amo, não tenho saudade, não sofro.
Isso às vezes me preocupa.
O amor move o mundo, as pessoas, e é a causa maior da felicidade.

E se ele está por perto, não sei.
Mas hoje queria recebê-lo de novo.