(...)
Aí ele estava lá... Parado, decidido e com o sorriso largo que mais me encantava.
E descobrimos que aquela distância toda que criamos só nos fazia entender o porque queríamos tanto estar juntos.
Sim, mesmo quando fingíamos não existir um ao outro.
Mesmo quando inventávamos motivos para não nos vermos mais, sempre sabendo que dali a algumas horas estaríamos com a dor sufocante da separação.
Criamos um mundo que só nós entendíamos e nunca precisávamos nos explicar.
Ao rever aquele rosto novamente senti meu corpo todo gelar, como se fosse invadido por uma avalanche de água à temperatura mínima e uma porção de borboletas invadiam meu estômago.
Decidimos andar passo a passo em direção ao outro. Devagar, para saborear o gosto da saudade que podiamos enfim matar naquele momento.
Parecia que estava só no meio daquela cidade, mesmo com todas aquelas pessoas ao redor e todo aquele barulho, eu conseguia ouvir seus passos como som único do momento.
Respirei fundo, não sabia ao certo o que dizer e resolvi não dizer nada.
Ele também.
E assim, nos abraçamos como se fossemos os últimos seres a existir na terra.
E tudo me passou pela cabeça quando me encontrei parada no mesmo lugar. Mas dessa vez, sozinha.
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