segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O apressado come cru.

Come cru porque não fica ali, temperando, esperando curtir, cozinhar em banho maria. Depois de tudo isso, as vezes se perde até a vontade de comer.
A hora de colocar o tempero não deve ser necessariamente antes da primeira mordida. Você pode por depois, deixar descansando um tempo se houver a necessidade e depois experimentar de novo.

Já ouvi dizer que mulheres são apressadas. Gabito (carascomoeu.com.br) já falou sobre a mulher de microondas. Eu vou defender a raça das mulheres impetuosas.
Ela não é nem bem uma coisa, nem outra.
A mulher impetuosa tem que ter confiança, tem que se sentir segura. Se isso acontece no 1º ou no 10º encontro, é relativo e sem importância.
Não sei porque tem gente que ainda se preocupa com o que o outro vai achar. Ninguém tem que achar nada.
Já vi tantas vezes pessoas criticando atitudes e vendo-as depois fazendo pior.

"Falta paciência nas relações contemporâneas".
E eu pergunto: Será?
Se você tem que ter paciência para se relacionar com alguém, alguma coisa está errada.
Primeiro que ninguém muda. As pessoas podem melhorar, mas só acontece se estas mostram interesse em.
Já você, pode mudar: de parceiro, de lugar, de vida, de opção. Mude quantas vezes for necessário, mas mude por você e não espere a mudança do outro.

Vou contra a paciência e digo: Falta vontade nas relações contemporâneas.
Ficamos receosos de dizer algumas coisas quando estamos começando a nos relacionar: Falta, daí, sinceridade nas relações contemporênas.
Tomamos atitudes de forma errada e egoísta, esquecendo que as pessoas abrigam sentimentos dentro delas: Falta, enfim, empatia nas relações contemporâneas.

Eu não espero faltar, eu não tenho paciência. Sou a favor da impetuosidade, do aqui e agora, adoro sashimi, carpaccio. Se não há vontade, se não há tempero que resolva, eu voto na sinceridade, na verdade e claro, na empatia.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sobre as cartas.

Quando eu tinha 14 anos, eu tinha um amor.
Platônico, óbvio, mas o tinha.
Naquela época, eu era bem mais prática: 6 meses. Se nada acontecer, apagar números de telefone, registros, poeminhas e se necessário, não sair de casa.

Quando eu tinha 6/7 anos, aprendi a ler e escrever.
Me apaixonei pela escrita.
Era a melhor da sala em redação, sempre.
Com o passar do tempo, as redações deram espaços para cartas, tentativas de poemas e rabiscos românticos.

Um dia, minha prima fez meu mapa numerológico. Traçou minha personalidade, minhas fases entre outras coisas que já não me recordo. Porém, houve uma revelação que jamais esqueci. Então ela disse: - Paty, você é uma pessoa muito orgulhosa, uma pessoa que começa a fazer uma coisa, mas não termina por orgulho. Por exemplo: Você escreve uma carta, para alguém, mas você não a entrega porque na sua cabeça, isso te faz menor. Este é um defeito que você precisa consertar, porque ele prejudicará você futuramente.

Meu Deus! Como ela sabia da carta que estava embaixo das gavetas, no forro do guarda-roupas?

Na verdade ela não sabia. Nem tinha como. Na época, ela era uma prima distante, até por conta da diferença gritante de idade entre nós.

Então, refletindo sobre, coloquei a carta no correio. O destino era a rua de cima da minha casa, mas dramática que sempre fui, achei mais impactante enviar pelo correio.

Poucos anos depois, no meio de uma bebedeira, descobri através de um dos amigos que todos sabiam da tal carta. Fingi que não liguei, mas fiquei putíssima.
Hoje vejo que é normal, oras. Meninos com aquela idade faziam isso mesmo, ou não.

Depois da internet, perdeu-se o costume de escrever cartas. Mas eu ainda as escrevo. Tenho imensa dificuldade de escrever diretamente no pc. Tanto que é um sacrifício passar roteiros a limpo, após tê-los escrito inteiros à punho.
E-mail é impessoal, é último caso, são frases curtas, coisa rápidas, ou para desabafos, na hora da raiva.

Cartas são automaticamente poéticas. As curvas das letras sensualizam o conteúdo daquela.
Cartas eternizam momentos, sorrisos, abraços e beijos. Não é aquela coisa dura, que arde a vista. Você consegue ler uma carta se a energia acaba, e é incrível ler à luz de velas.

Eu ainda escrevo cartas, mas agora sempre espero o momento certo para enviá-las.
Às vezes, o destino se encarrega de desviá-las naturalmente, e assim elas acabam picadas na privada do meu banheiro.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

One More Time.

Se existe uma coisa que eu não suporto é esquecer meu valor.
Temos todo o direito de estar triste, mas não temos o direito de sermos cruéis com nossa vida.
Eu não sei em qual passo eu vacilei e caí de joelhos por coisas tão pequenas.
Não sei, mas caí.
Porém, não deveria.
Não deveria porque meu mundo tem muitas pequenas coisas para que ele seja completo. E quanto as outras coisas? Não posso esquecê-las.

Tenho uma vida muito prazerosa. Tenho pessoas que estão alí sempre que eu preciso. Tenho o carinho da mãe, a bronca da amiga e a risada que sai quando o amigo fala uma besteira.
Tenho liberdade. Tenho coragem para arriscar, para fazer, para ir onde quiser e não me importar como farei para voltar.
Tenho segurança.

Falo o que me der na telha. Não me importo com a interpretação alheia.
Me importo em estar bem, em não guardar palavras.
Se não quer saber, não leia, não atenda o telefone.

É engraçado que as vezes culpamos as pessoas por nos falar ou escrever coisas que nos magoam, ou que não queremos ler/ouvir.
Se não quer saber, simplesmente delete sem ler, não atenda a ligação, não veja o sms. Se alguém falou, é porque você quis saber.

Tudo o que nos acontece, serve para aprendermos algo.
Desta vez, aprendi a ser menos curiosa. A colocar meus pontos finais e não começar um novo parágrafo, quando este não for escrito por 4 mãos.

Estou mastigando a tristeza até ela perder o gosto. Depois, é só cuspir.

Não há como fazer um omelete sem quebrar os ovos...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Coisas.

Um novo tempo está chegando.
Vou ganhar um ano novinho pra eu fazer tudo que eu quiser.
Para eu conseguir tudo o que eu desejo.
Para eu mudar o que há de errado e continuar acertando no que der.

Coisas simples me impressionam. Um sorriso pode mudar o meu dia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Aceitação.

Paciência.
Seria muita prepotência de minha parte querer que todas as pessoas que eu quero me queiram também, sendo que, não fui de todas as pessoas que me quiseram e assim, a vida continua.
Circulo vicioso e necessário.







Como nos velhos tempos, That´s all Folks.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Revivendo a adolescência.

Lendo e virando do avesso o blog da Lelê (da equipe do www.r7.com/tdud) encontrei este post e fiquei com vontade de fazer tbm. Vamos nessa!

(o blog da Lelê é esse aqui ó: blog.alesie.com.br)


Onde está seu celular? - Do meu lado, sempre.
E o amado? - Oi?
Cor do cabelo? - Castanho escuro, como sempre.
Sua mãe? - No trabalho.
Seu pai? - Deitado numa rede ao lado de uns anjinhos tocando arpas.
Minhas irmãs? - A única, no cursinho para concurso público.
Seu filho? - No projeto.
O que mais gosta de fazer? - Estar com os amigos, ver filmes, festas com família, conhecer lugares, pessoas e coisas novas, dormir de concha e receber cafuné.
O que você sonhou na noite passada? - Vish, não lembro.
Onde você está? - No trabalho.
Onde você gostaria de estar agora? - Hum... pode ser com quem eu gostaria de estar agora?
Onde você gostaria de estar daqui a seis anos? - Em qualquer lugar do mundo, em férias.
Onde você estava há seis anos? - Em casa, assistindo sessão da tarde, esperando meu pai chegar do trabalho...
Onde você estava na noite passada? - Numa festa alemã de rua.
O que você não é? - Paciente
O que você é? - Ansiosa
Objeto do desejo? - Uma produtora (material, claro).
O que vai comprar hoje? - Talvez queijos ou salame.
Qual sua última compra? - Cerveja Colorado de café, rapadura e mandioca!
A última coisa que você fez? - Liguei pra minha mãe.
O que você está usando? - Calça jeans, bata amarela furada e all star.
Na TV? - Glee. Serve?
Seu cachorro? - Foi-se embora...
Seu computador? - Ah, um preto lá.
Seu humor? - Bipolar.
Com saudades de alguém? - De um monte de gente.
Seu carro? - Celta, básico, preto e sujo.
Perfume que está usando? - Não to usando.
Última coisa que comeu? - Arroz com legumes, salada e rocambole de carne.
Fome de quê? - Camarão com cerveja.
Preguiça de? - Gente orgulhosa, gente sem noção, gente chata.
Próxima coisa que pretende comprar? - O varão pro meu quarto.
Seu verão? - Muita gente jovem reúnida, cerveja, caipirinhas e felicidade.
Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? - Ontem a noite, contando histórias bizarras para as amigas.
Quando chorou pela última vez? - 19/09/2010, quando me pediram desculpas mas não me pediram pra voltar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Traço - Pt. 4

A sensação presente é de uma sessão de fotos. Flashs e mais flashs que me cegam.
É como se algo me impedisse de lembrar dos fatos e ao mesmo tempo, vagas imagens aparecem trazendo de volta aquele infeliz momento.
Esse apartamento ficou apertado e o ar fugiu as diversas vezes que fui buscá-lo.
Fui tão fraca que cheguei a pensar que nunca deveria ter colocado os pés na rua aquele dia. Chega a ser nojento pensar que eu preferiria continuar sendo enganada.

Eu só queria entender o porquê, queria encontrar uma só razão para isso.

Tudo poderia ter sido evitado se ao invés de dizer o que (ao seu pensar) eu gostaria de ouvir, você tivesse dito o que realmente sentia. Se é que você sente algo.
Aliás, penso que muitas lágrimas seriam poupadas se as pessoas se desprendessem dessa mania de não dizer a verdade, de evitar uma mágoa momentânea, sendo que depois ela se torna maior.

O sofrimento que hoje habita em mim não está ligado à você, mas ao fato consumado, entende?
Não me incomoda estar com outra pessoa, mas foi desnecessário querer continuar comigo. Me incomoda haver a terceira pessoa.
E quantas vezes revelei meu medo da traição. Que irônia, não?

Mais uma decepção.
Mais um estado lamentável em que me encontro.
Mais uma vez que me vejo em uma estrada completamente sem luz.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sobre caixas, lembranças, saudades.

E tudo tem um fim.
Fim de um ciclo, fim de uma carreira dentro de uma empresa, fim de um curso, fim de uma história.
Aceitar o fim é começar a recolher tudo que foi vivido.
Você passa em todos os lugares e vai colocando lembranças dentro de uma caixa, limpando o terreno para respirar um ar neutro.
Cada coisa colocada na caixa traz a tona um momento, bom, sempre. Afinal, podemos comparar relações com um álbum de fotografia, só registramos momentos de felicidade.

E daí, aos poucos, enquanto você preenche sua caixa, você vivencia tudo de novo, e a cada momento, uma saudade.

A parte mais difícil é fechar a caixa. Colocá-la na parte mais alta do armário, longe da visão.

Por mais que sabemos que aquilo é necessário, dói aceitar que mais uma caixa deverá ser fechada, para ser lembrada com ar doce e saudoso.

Quanto mais velho você fica, mais difícil se torna enfrentar esse processo. Você começa a reconhecer que é verdade a máxima que diz que não é o tempo, mas a intensidade com que as coisas acontecem que as torna mais ou menos importantes. E de repente uma rápida passagem ocupa uma caixa muito grande.

Recolher é preciso, reconhecer é preciso. Para sentir é preciso que aconteça. É preciso deixar acontecer, mesmo sabendo que pode haver um final, e que vai doer.

- Desculpe, eu não sei o que é ficar cansada de você.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A morte não me cai bem.

Eu nunca tive uma boa relação com a morte. Nunca me relacionei bem com isso e com o que envolve a tal.
Lembro da primeira vez que tive um contato que me marcou.
Estava no dentista, o que era muito comum, por ter usado aparelho por aproximadamente 10 anos. Esperava minha vez quando resolvi pegar uma revista, Veja, eu acho.
Lá, tinha uma reportagem sobre 3 meninos que morreram numa casa de veraneio em Mongaguá. Morreram à facadas, pauladas, enforcados com o fio do chuveiro.
Li a reportagem toda (eu e essa minha atração por dramas) e segurei o choro no final.
Era 01 de junho, o ano não me recordo bem, mas lembro que tinha uns 13/14 anos.
A história não saiu da minha cabeça, os rostos e a imagem que eu criei de como tudo aconteceu também não.
Cheguei em casa, liguei a TV. Passava um especial da Alanis Morissette, pois era seu aniversário, no extinto Supernova da MTV.
Assim que liguei começou o clipe de That I Would Be Good.
Pronto. Nunca mais consegui ouvir essa música em paz. Chorei uma tarde inteira por conta daquela história, daquele caso que eu não tinha ouvido falar, que eu não conhecia ninguém e não tinha nem a idade dos envolvidos. Nada em comum. Uma dor.
E agora, ao escrever lembro de tudo outra vez.

Daí começa uma sucessão de casos de mortes, ora próximas, ora desconhecidas. Todas com incrível poder de me tirar a paz.

Eu penso nessas vidas que terminam, em quantas coisas deixaram para depois, quantas mudanças queriam ter feito e não houve tempo, ou talvez, não houve coragem e o tempo se esgotou.
Eu penso nos que ficaram, no fato de saber que quanto mais o tempo passa, mais forte a saudade se torna. É você olhar pra trás e ver quantas coisas aconteceram sem a presença daquela pessoa.

A morte não me cai bem.

Uma vez senti que ia morrer, foi um sufoco tremendo. Mandei e-mail para as pessoas que eu mais me importava naquele momento e disse o quanto eu as admirava e quanto elas eram importantes para mim. Queria que elas soubessem, caso eu morresse, que elas eram serem decisivos na minha vida.
Não morri. Que bom! Mas naquele momento pensei em tudo que eu estaria deixando interminado, em tudo que eu não fiz por orgulho, em tudo que eu deixei de fazer por preguiça, em todas as visitas que eu não havia feito.
Me deu muito medo.

Esse fato deixou sequelas. Me tornei mais impulsiva, mais ansiosa. Tudo é agora, e pra já. Negar uma noite? Jamais! Ver os amigos? Sempre! Estar com a família? Aqueles que merecem, sim, e sempre que der. Mas confesso que neste quesito ainda deixo a desejar.

É engraçado que soltamos frases do tipo "Ah, a gente não sabe se vai morrer amanhã..." mas nunca acreditamos nisso. Nunca pensamos que sim, podemos mesmo morrer amanhã, ou morrer daqui 5 minutos, ou morrer agora.

Eu peço pra viver bastante todos os dias, e que minha mãe, minha irmã e minha família também vivam. Lembro que sempre nas orações antes de dormir, pedia: "que meu pai e minha mãe vivam bastante e eu e minha irmã também".
O meu bastante não foi o mesmo bastante para Deus. Ele nos faz viver o suficiente.
Mas tem que ser uma pessoa muito evoluida para aceitar e viver isso.

Eu ainda tenho muito a aprender.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um texto para mim.

Recentemente, sinto que alcancei uma parte da evolução muito interessante: Parar de me preocupar com o que as pessoas pensam de mim, porque isso é um problemas delas, eu nada posso fazer contra estes pensamentos, caso sejam eles ruins.

Nos últimos tempos tomei atitudes que jamais me permiti. Me doei, deixei levar, mesmo sem saber que aquilo que eu estava vivendo existia dentro das duas partes envolvidas. Simplesmente anulei essa preocupação.
Não posso dizer que em alguns momentos me senti uma idiota. Senti, talvez tenha realmente sido, talvez estivesse supervalorizando uma coisa que não era, mas não me importei, me permiti viver isso da forma que me convém.
Pode ser anormal, pode parecer infantil discutir e devolver provocações, mas não preciso mais me preocupar com que as pessoas vão achar disso. Eu já sei o que eu sou, o que eu gosto, o que eu quero. Já formei uma personalidade e estou contente com ela. Se isso parece rídiculo a olhos alheios, é uma pena. É triste ver as pessoas levando tudo tão à sério o tempo todo. Vai todo mundo morrer no final mesmo.

Sei que as vezes acabo por me expor demais, mas se eu tenho o poder da liberdade de expressão, porque eu não deveria me expressar?
Porque sempre ficar vivendo no automático, pisando em ovos, tomando cuidado para não me acharem tonta, para não demonstrar que eu quero, que eu sinto, que eu gosto? Pode ser uma forma de viver, não critico. Mas já vivi muito tempo assim e não cresci como pessoa desta forma.
Estar à margem de possíveis feridas, é estar à margem de grandes emoções. Não dá para viver coisas boas sem passar por coisas ruins.

Precisava escrever isso. Isso que é apenas um arquivo de anos da minha vida, que eu vou ler quando for bem velha e comparar com a minha vida atual, que vai me servir para nunca esquecer dos meus príncipios, do meu estilo de vida, e do que eu acho certo para mim.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Agora,

De Fernanda Takai e Rossana Decelso

agora que você não quer
agora que você não diz que quer eu quero
agora que você diz não
agora que emudeceu seu coração eu falo

falo porque penso
ouço meu silêncio e canto
meu amor imenso
acenando o lenço no porto
sente dor mas não chora
sabe que o amor tem hora
pra chegar e pra partir

agora que você meu bem
agora que você não me quer bem eu quero
agora que você mais nem
me olha como se olhasse alguém eu olho

olho de relance
um filme um romance triste
cena de solidão
meu coração não resiste
sente dor mas não chora
sabe que o amor tem hora
pra chegar e pra partir

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mais amor, por favor.

Indicação do Vic Guerra




"Sempre penso em ti para manter essa saudade"
Coincidiu comigo. Pai, sempre no pensamento e na saudade.

Minha vida em curta-metragens

E mais um ponto final.

domingo, 12 de setembro de 2010

Via.

Minha impulsividade me levou até a beira da ponte. Mas na hora de subir, fiz o retorno e voltei para a luz.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Liberdade.

E então, após anos de autorepressão, decidiu desprender as amarras e tocando o chão lentamente, ela enfim, voltou a viver.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Peso das Coisas.

Tenho na vida uma balança.
Vez ou outra, uso esta para tomar decisões.
Há nela dois lados: Positivo X Negativo.
Nessa hora, me dou conta que tudo na vida tem peso, tamanho, cor.
Vejo que as menores podem ter peso de coisas que me parecem tão grandes.
E tão vazias.

O uso desnecessário da balança, anula aos poucos sua eficiência.
Quantos "achismos" me fizeram tirar a balança de cima do armário e medir coisas que não existiam.
No final das contas, tomei decisões desesperadas com medo de um peso que não existia.
Um peso que eu nem ia carregar se não tivesse me precipitado.

O peso não deve ser considerado se a coisa ainda não existe.

Peso então aquilo que há de concreto.
É tão mais simples usar minha balança.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Depois que a gente fala que homem é palhaço...

"Tentei ter 2 ou 3 namoradinhas...mas não dá, mulher quer exclusividade".

Oi?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Às vezes me aprofundo tanto no meu interior que me perco neste labirinto sem fim que é minha cabeça.

Prefiro as vezes que saio de mim...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Arco - íris

Torna-se a cor, um tom.
O dom de dar a cor,
De colorir, alegrar.
Faz-se da voz um som,
A música que vai despertar.
A cor acorda o coração,
Que este já está cansado de esperar...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Fragmento de uma conversa

"sinto-me bem, pq sei que ocupo um lugar aí, assim como ocupo outros lugares em outras pessoas.... é bom saber que vc vive além da sua vida, vc vive em outras vidas tbm..."

Achei inspiradora essa minha declaração para um amigo.

Obrigada noite, só vc me faz escrever bem!

domingo, 11 de julho de 2010

Nota:

Se aceitassemos as coisas como fatos naturais da vida, não nos ocuparíamos tanto tentando entender o porque aconteceram, sendo que, não há resposta, e as que aparecem são aquelas que nos confortam.
Mania que a gente tem de acreditar no que convém.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Traço - Uma parte do passado.

No momento tenho uma caneta, um papel e a vontade de te matar.
Mas sempre pensei que quando fosse matar alguém, esse alguém deveria ser ao menos um pouco importante para tornar o feito ao menos significativo.
Com você não terei esse resultado.

Logo, escrevo. Assim me desfaço de toda essa sensação que me angustia a cada vão momento.

Você e essa mania de estar sempre rodeado de gente, de gente que sorri em falso, que te agrada em falso. Gente falsa essa com quem você insiste estar.

Você nem deve saber que ainda penso em você. Aliás, quem sabe não entende como, porque. Sempre foi tão ausente na minha vida que é difícil fazer sentido esse sofrimento. Quanto tempo durou até eu descobrir toda a farsa daquela nossa vida completamente idiota?
Prefiro não pensar nisso, embora a cada momento, uma pontada no meu peito traz a torna lembranças de tanta mentira que vivi.

Meu corpo está pesado. Preciso tirar essa roupa.

Minha cabeça dói. Preciso de uma dose.

As lembranças estão claras demais. Vou acender um cigarro e afogá-las na fumaça.

Continuidade de "Traço" e "Antes do Traço"

Antes do próximo:

Em relação as últimas postagens:

- Não sou feminista;
- Não sou puta;
- Não sou santa;
- Não tenho nada contra homens;
- Não acho que homem é tudo igual;
- Não gosto de ficar falando só de homem;

Tenho mais o que fazer, o que pensar e o que sentir.

Ontem só foi um dia em que me surpreendi com fatos que pensei só acontecer comigo, mas que são comuns entre as mulheres.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Hoje eu to querendo falar.

Só uma nota.

Numa roda entre homens e mulheres, de uma forma ou de outra o assunto sempre acaba em sexo.
Daí, quando eu falo que já fui num puteiro, todo mundo fica boquiaberto.
Quando as mulheres da mesa ficam com aquelas caras de "Oh, que absurdo" eu penso:
- Perae, nega dá mais que alga em rio poluído e vem fazer cara porque eu já fui em puteiro?
- O cara come puta e faz cara feia porque uma mulher já foi visitar um puteiro?

Tenha a santa paciência!

O mundo é bizarro e a hipocrisia é engraçada!

p.s.: eu fui como visitante, tem gente que não vai e é igual funcionárias, mas é burra, porque não cobra! Portanto, poupe-me!

Homem é tudo palhaço?

Daí que minha amiga me diz ontem "Hahahaha esse blog é sua cara".
Trata-se do seguinte: tudopalhaco.blogspot.com
Entrei, dei risada, me vi em várias situações.
Mas aí eu penso, gente, mas porquê, né?
PORRA, mas porquê, pra quê?

Eu juro que eu sempre tento pensar que somos nós que nos entregamos demais, que não aceitamos os foras, ou o fato do cara não estar suficientemente afim, mas visto que mulheres normalmente são claras e objetivas, porque esses danadinhos não são assim também? Precisa fazer tanta palhaçada? Nos fazer broxar com certas atitudes?

Vamos lá, levaremos em conta que quando estão apaixonados são lindos, nada de palhaçada, nada de decepção, mas aí, eles se acostumam e começa a chuva de arrastação.

É cada uma que olha, OLHA!

Tem uns que enganam bem, mas sabe porque eu sei que só enganam? Porque eu sempre estou em rodas masculinas, que falam de mulheres. Sim! Eles falam de mulheres, não falam só de futebol, carro e essas coisas.
Porém, nessas horas, que vez ou outra escapa um "daí eu falei isso pra ela e fui encontrar a outra que eu estava na pegada de sair".
E daí que a primeira ficou pensando: Beleza, tá na minha, tão bonitinho ele, né?
E o bonitão saiu com a outra que só quer curtição à princípio, até ele consquistar e a coitada pagar o pato.

Relendo algumas coisas, percebi que to ficando velha, daquelas preocupadas por estar sozinha e com medo de pensar até onde isso vai.

Tudo bem, ainda acredito no amor próprio, na conspiração do universo e no que é meu, que está bem guardado.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fácil assim.

Existe em todos nós um defeito muito grande: O de não aceitar.
Não aceitamos a morte;
Não aceitamos o fracasso;
Não aceitamos a perda;
Não aceitamos o esquecimento;
Não nos aceitamos como somos.

Preferimos ao invés disso tentar buscar uma explicação para coisas que são inexplicáveis.
Talvez seja menos duro do que encarar o que quer que seja.
E não percebemos que este é o pior caminho.
Quando magoados, saímos delegando culpas. É mais fácil do que saber que somos nós os culpados.

Pode parecer demagogia, mas não é. Não mesmo.
Demorou um bom tempo para eu descobrir isso. Até que um dia, no meio de um discurso presidencial, uma amiga me disse: As pessoas fazem com a gente o que permitimos que elas façam.

Aceite isso e acredite: Sofre-se menos.
A primeira é sempre mais difícil. Você sai um pouco desconfiado, com medo de onde pisar, depois se acostuma, reconhece que em algum momento você também chateou alguém e percebe que não é proposital, apenas acontece.
Com o tempo, o nosso cérebro acaba se acostumando a nos lembrar disso toda vez que ameaçamos dizer: Mas a culpa é dele/dela.
Não, não. A culpa é sua. Quem comanda sua vida é você, e você escolhe quem vai ganhar papel de protagonista e quem vai fazer figuração.
Nos próximos os tombos são menores e doem menos, bem menos.
Vale a pena. Para sua saúde mental, emocional e é vital para a felicidade.



Eu andava por uma estrada, pisei num buraco, quando olhei para trás, ele não estava lá. Continuei andando e pisei em outro, dessa vez, decidi parar a caminhada. Depois de um tempo, o buraco também havia sumido e, mesmo com a estrada mais escura, voltei a caminhar nela. Havia mais um buraco lá, eu caí, mas dessa vez, escolhi sair pela esquerda.- De quem é a culpa? Da estrada? Não, minha, afinal, fui eu que escolhi voltar a caminhar nela.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pra que trilhos, se não passa o trem?

Existem milhões de formas de resolver as coisas.
Eu sempre escolho as mais complexas.
Não por uma questão de grandeza, e sim por uma questão de respeito.
Respeito comigo e com os outros.
Eu tenho mania de ser profunda, de analisar todas as pequenas coisas, pequenos detalhes e acabo sempre ficando cheia de argumentos, cheia de coisas para falar e cheia de nove horas.
Oras, o que posso fazer?
Fernando Pessoa me ensinou que devemos ser inteiros em tudo que fazemos.
Não podemos abafar os defeitos ou exaltar as qualidades. Temos que ser apenas o que somos.
Sendo assim, tento ser sempre isso mesmo.
Isso que nem eu entendo.

Tem gente que acha bonito eu conseguir falar tudo que eu quero, eu ter coragem de dar a cara pra bater, de eu ser racional e madura.
Bonito pode até ser, o duro é ser assim.
Você faz, você fala, você decide.
Toda ação, tem reação. E a reação nem sempre é a esperada.
O duro é segurar as pontas depois.

Eu queria muito sumir. Várias vezes.
Queria que inventassem um remédio que me cura do aperto, do sufoco.
Mas não vão inventar.
Essa é uma carga que todo mundo tem que carregar, não há outro jeito.
Podia ser como uma cólica: Você toma o remédio e parece que tiraram a dor com a mão.
É pedir muito?

Nunca pensei que surpresas enchesse tanto o saco.
Nunca pensei que mudanças fossem às vezes tão crueis.

Citando Amelie Poulain e resumindo o texto acima: "São tempos difíceis para os sonhadores"

quinta-feira, 17 de junho de 2010

hoje.

A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Parece que até jantei
Com toda a família e sei
Que seu avô gosta de discutir
Que sua avó gosta de ouvir você dizer que vai fazer

O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim

Espero o dia que vem
Pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei
A eternidade se passar nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei
Se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
O meu futuro é esperar pelo presente de fazer

O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Distante é devagar
Perto passa bem depressa assim

Pra mim, pra mim
Laiá, lalaiá

Se o tempo se abrir talvez
Entenda a razão de ser
De não querer sentar pra discutir
De fazer birra toda vez que peço tempo pra me ouvir
A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim

Eu que nunca discuti o amor
Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar
A cor da minha angústia e no olhar
Saber que o tempo vai ter que esperar

E o tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Alheios

Tic tac...
Deitada na cama, com olhos abertos, mas debaixo dos cobertores, ela pensa.
Pensa na roupa que vai vestir, no percurso até o trabalho, nos afazeres do dia.
Pensa no telefonema que ficou pra hoje, no e-mail que não foi enviado.
Ela foge.
Foge do pensar nele, pensar como e por que.
Foge da culpa de não ter dito nada.
A cada esquina dobrada, ela tenta dobrar o próprio pensamento, que escapa, como água entre os dedos.
Os passos começam a ser mais rápidos, e a cabeça começa a doer.
Não há como evitar. Ela muda a rota e vira à esquerda.
Olha o prédio alto. Respira fundo.
No interfone, a voz pergunta:
- Quem é?
Ela num ato impulsivo, responde:
- Sou eu. Bom dia.

O portão se abre, e em passos firmes, ela segue.

domingo, 6 de junho de 2010

Tédio

Parado. Tudo parado. Silêncio.
Inspira. Expira.
Saco.
Gira. Tudo gira. Dentro da minha cabeça.
Medo.
Penso. Analiso. Desisto.
Tum tum. Pá. Tum tum. Pá.
Coração acelerado. Cadê? Parou.
A cabeça pensa olhando para baixo. Coração.
O estômago reage. Milhões de borboletas dentro dele.
Medo.
Tensão. Ansiedade. Nó na garganta.

Pra quê pensar se não sei se acontecerá?
Abandona.
Não posso.
Saco.

Quero notícias. Espero notícias. Procuro resposta.
Refúgio do tédio.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Extra

Para as amigas assim como eu já sofreram com qualquer tipo de canalha por aí, que resolveram terminar, que né, são mulheres que tiveram homems e resolveram soltar a amarra, cair na farra, cantem essa música da Bruna Caram e tchau! rs

FERIADO PESSOAL - BRUNA CARAM

Hoje enfim eu dei o fora
(Bem na hora)
Arranquei a amarra
Vou cair na farra
Tchau!

Hoje não tem fria
Não tem freio, não tem fila
Não tem fardo -
É feriado pessoal
Hoje eu dei no pé
Te dei um pé
Só peço um doce vento
E pra você, um pouco mais de sal

Hoje o sol declara o fim da guerra
E não vou dar o troco:
Tu foi muito pouco
Pra eu ficar fazendo carnaval

Hoje o mundo gira
Eu viro a mesa
O tempo passa
Ficar contigo deu despesas
Te deixar vai ser de graça
Hoje o mundo gira
Que beleza: A gente passa!
Ficar contigo deu despesa
Te deixar vai ser de graça
E além de chato já perdeu a graça

E se quiser saber se eu fico bem assim,
Confie em mim:
É impossível ser melhor
Muito ajuda quem não atrapalha
Em qualquer canto tem outro canalha
Eu não fico só

terça-feira, 25 de maio de 2010

Frederico

Foram 29 horas de angústia antes de chegar aqui.
Eu não queria sair de casa aquela hora, mas alguma coisa mais forte que eu me forçou a isso.
Então eu fui. Andar no meio daquela gente irritantemente feliz e bêbada.
Tudo bem, nos meus passos largos e fortes cheguei ao meu destino.
O frio que fazia lá fora era imenso.
Antes de sair de casa, sem ter muito com o que me cobrir acabei usando aquele cachecol que me trouxe da sua incrível viagem para a Europa.
Meio contrariado, mas usei, afinal, decidi que não era uma peça insignificante que me faria lembrar de você.
Borifou perfume nele? Tive a sensação de que estava presa ao meu pescoço o tempo todo.

Já na padaria, maldita foi a hora que adentrei naquele lugar.
Fiz o pedido de sempre: Torta de limão com mocaccino.
Estranha combinação. Não importa, eu gosto e você sempre achou graça.
O seu cheiro perseguia cada pedaço da torta que colocava na boca.
Resolvi tirá-lo. Não devia ter feito isso.
Sentir sua mão em meu ombro, junto com seu tom de mãe dizendo: Deixou cair, Fred..
Por alguns instantes pensei que havia falecido.
Ver aquele nariz vermelho de novo, depois de tanto tempo, nem sei quanto tempo, foi cruel demais para mim.
Desculpe, não pude responder, não quis conversar, fiquei transtornado.

Cheguei em casa como se tivesse sido acabado de ser assalto.
E fui.
Você me roubou a paz que então estava buscando. Roubou meu fôlego e todo o meu vocabulário.
Me roubou o chão. Me roubou de mim.

Olhei pela janela, mas não vi nada. Nem conseguia. Minha visão já estava turva.
No final, a velha sensação: Te perdi mais uma vez.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Teorias.

Acentuou-se então toda a energia.
Quando digo que sim, o Universo conspira, é verdade.
Não há o que mudar, nem o que esperar.
Se haverá mudanças, que venham.
Me acostumei a mudanças e à surpresas.
É difícil encarar quando tudo volta ao lugar.

É pedir muito continuar sempre tudo diferente?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vida...

E você descobre que é bem melhor procurar respostas do que não ter perguntas à fazer.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Antes do traço.

Os dias nublados parecem ser feitos para mim. Acho que olham para mim e me desenham no dia que é cinza, mórbido e triste.
O chão que eu piso é gelado. É uma das coisas mais excitantes dos dias de frio: písar no chão gelado com os pés descalços que me faz ter pontadas na cabeça. Adoro sentir isso. Um dos poucos prazeres da vida.
Quando vejo, as pontas dos meus dedos já estão roxas e duras, nem as sinto.
Não existe sensação melhor do que não sentir. Queria mesmo é não sentir mais nada. Não sentir mais essa dor que insiste em apertar meu peito, que me consome, me sufoca e me mata aos poucos.
Mate-me dor! A morte pode ser uma experiência incrível.
É em vão. Assim como tudo que vivo, tudo que falo e faço.
É o vão entre a porta e o sofá, o vão entre a sala e a cozinha. O vão entre meu coração e meus sentimentos. O vão é vão, em vão.
Seria tão bom se eu pudesse apenas me apagar dessa vida. Não faço diferença nenhuma, eu sei.
Já sou uma luz que não brilha mais há tanto tempo, então pra quê viver?
Preciso, pelo menos uma vez, tentar dar um jeito nisso. Não existe mais razões para continuar.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Traição das Mulheres

Após ler um texto incrível do Arnaldo Jabour sobre a traição dos homens, resolvi, por indicação de um homem, escrever sobre a traição (ou a não traição) das mulheres.
Ao som de Ramones, tentaremos.

Ao contrário do que Arnaldo afirma sobre os homens, EXISTE MULHER FIEL. Sim, elas existem e não são raras, são até comuns.
Baseando-me nas mulheres que eu conheço, o motivo para não trair é simples: carinho, atenção, surpresas, paixão e sexo bem feito. Pronto. Receita para não ser corno.
Acontece, em alguns casos, da mulher ter tudo isso e ainda assim trair. O motivo: Ela não ama o parceiro. Ela pensa em um outro cara, ela não é feliz.
Os tipos que mais tendem a ser cornos são os confiantes demais e os que se julgam muito espertos.
Os confiantes podem ser traídos porque acham que a figura dele já basta para a parceira. Daí, a mulher vai se cansando de ficar sempre surpreendendo, programando toda a vida do casal, sempre tendo que tomar as atitudes e nessa hora o msn chama, o telefone toca, algum outro cara diz alguma coisa que agrada e daí rola um chopp naquela quarta-feira de jogo, e rola um fondue, um elogio ao corte novo do cabelo acompanhado de uma carícia e bom, o resto é novela do Manoel Carlos.
Os que se julgam espertos, normalmente se envolvem com mulheres que fingem que são bobas mas riem pelas costas dos bonitões. Traem por sacanagem, traem para dizer: Enquanto você vai com a semente, eu já colhi minha plantação. E é constante, e as chances do espertão descobrir é quase zero.

A traição mais comum é por carência.
Mulheres necessitam ouvir pelo menos um “este vestido ficou ótimo em você”. Uma vez ou outra, mas tem que ouvir.
Mulheres gostam de ser surpreendidas, de serem desejadas, de serem feitas mulheres.
A dita cuja fica 3 horas no shopping procurando uma lingerie para o sábado a noite, pensando que vai rolar um motelzinho depois do cinema, e o cara volta pra casa e quer que ela se contente com uma rapidinha na cama de solteiro. Ah, a lingerie nova? Se ela não avisa, ele que não vai reparar, porque tirou a peça tão rápido que além de quase rasgar aquela calcinha que custou R$45, nem lembra onde a jogou.
Daí, segunda-feira ela resolveu trabalhar com o sutiã novo, e aquele cara do chopp de outro dia repara na alça que a blusa deixa aparecer. Pronto! É o ingresso para o cinema que o namorado nunca quer ir, porque só gosta de filme de ação.
Por isso que Manoel Carlos dá tanto enfoque na traição feminina da novela das oito. Reparem nos maridos: ou traem, ou são estúpidos ou qualquer coisa do tipo. Ou então a mulher é muito lascíva, mas isso é para o próximo parágrafo.

Tem mulheres que são muito apaixonadas. Elas podem ser atraídas por 3 homens ao mesmo tempo. Ficam loucas, confusas mas querem os 3, ou mais.
Daí, o troféu acaba sendo do mais putanheiro. Porque essas mulheres tem o dedo podre e sempre ficam com o pior.
Então, o putanheiro começa a perder o condicionamento com o passar do tempo, e por ela ser cheia de contatos começam a aparecer os antigos casos, aqueles que ela acabou deixando no vinagre por um tempo, e ele diz que está cansado, e ela tá acesa e o telefone toca, e aí o amor está no ar.
Beijo putanheiro. Até mais!

E o último caso de traição é traição por vingança. Ela finge que não viu aquela mensagem no seu celular que você esqueceu de apagar, mas ela leu, ela chorou, ela desejou sua morte, ela pesquisou sobre a mulher e deduziu conhecendo você que sim, você pegou a danadinha. Se não pegou, teve intenções e meu caro, isso já basta.
Ela vai ao shopping, ao cabeleireiro, faz depilação e compra um batom poderoso. Ela marca uma saída com as amigas ou então diz que vai ter um evento da empresa e daí, cheia de confiança e em cima de um salto 15 ela dá o troco, e bem dado! Provavelmente ela não vai para a cama com a vítima, mas ela beija, ela amassa, ela deixa o cara louco e vai embora. Entra no carro, e chora. Te xinga, te mata a facadas, chega em casa, rasga a roupa nova (nem sempre, mas acontece para evitar de lembrar do feito ao vestir a roupa em outra ocasião), toma banho e te liga pra dar boa noite e dizer que está com saudade. Você? Nem desconfia.

Mulher é esperta. Mulher sabe mentir e mulher leva a sério a frase: Uma mentira mil vezes dita, vira uma verdade.
E isso não é só para homens, é com as amigas, com a mãe, com a irmã que quer saber se ela pegou aquela saia nova na quinta-feira e ela diz: Quinta? Magina, trabalhei até tarde e depois fui na casa da Ju que está querendo terminar o namoro. Menina, acredita que ela tá desconfiada que o Ricardo tá saindo com a estagiária nova? Bafão!
E pronto, o foco que estava nela, ficou na Ju que está muito bem no relacionamento, obrigada!

Mulher não gosta de trair. Pesa a consciência, as amigas olham feio, as vezes acabam falando demais e isso é chato, é problema, e mulher quer sossego.

Mas homens, não encanem. Façam sua parte e muito bem feita, senão a regra se aplica.
Acontece e depois disso vem o fim do relacionamento, elas não aguentam por muito tempo carregar isso.
Se não houver o fim, pode esperar um novo e bom recomeço!

Patrícia de Sá.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Por conta da Cecília

E não é que sem perceber tudo muda de lugar, de visão, de controle.
Até ontem eu controlava mais da metade da minha vida, agora não mais.
Não mais porque meu bem estar depende das pessoas ao meu redor.
Não mais porque meu tempo está ligado ao tempo de outros donos descontrolados.
Não mais porque simplesmente cansei de ter controle de tudo.
De nada me adiantou o cuidado para manter certas coisas que eu sempre julguei importantes, em tão pouco tempo percebi que ninguém se importa. Então para que se importar a toa?
Cuide-me tanto para me proteger de ferimentos, levando ao pé da letra aquele refrão que diz "No one will hurt me, No one" e quando percebi estava cheia de arranhões e cortes.
Tive tanto zêlo com minhas idéias e atitudes até que várias pessoas me mostraram idéias tão mais interessantes e atitudes tão mais significativas.
Nada adiantou não sair na chuva sendo que ela me molhou enquanto eu fechava a janela. Então decidi deixar a janela aberta e a porta também. Fiquei à margem da chuva, do sol, do vento e da leve brisa. Fiquei exposta às alegrias, às decepções e a tudo que vier. Bom ou ruim, não importa.
Tive que aprender que não importa quanto tempo eu demore para construir minha barreira de proteção, sempre tem algo ou alguém que vai destruí-la em um segundo.
Aceitei, embora não sem lutar, que render-se é o melhor a fazer.

"Não se preocupe em entender. VIver ultrapassa qualquer entendimento".

Traços.

Uma folha em branco e uma caneta.
É tudo o que eu preciso para mudar todas as coisas ao meu redor.
Tá duvidando?
Eu posso criar o meu cenário preferido, o meu personagem mais exótico e minha canção mais melancólica. Já posso ouvi-la vindo lá do fundo.
E olha quem está vindo também. Vestida de calcinha e sutiã, descalça, com um cigarro na mão, um copo quase vazio de whisky e um cabelo mal preso.
Como é instigante os fios que caem sobre seu rosto!
Uma pausa. Um gole. Um trago.
Próxima da janela, olha o movimento da rua e solta uma gargalhada enérgica, diz ao nada: "Como o mundo é escroto".
Deita-se no chão, deixa cair o copo que derrama o gelo derretido que restava.
Dá o último trago, olha para o lado e uma lágrima corre pela lateral do seu rosto.
Ao seu lado, o remédio para sua dor. Ela engatilha o revolver, o aponta para a cabeça.
Adeus.


p.s.: não houve tempo hábil para dar um nome à ela.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Segunda-feira surpreendendo!

Não sei se é melhor saber que você faz bem à alguém ou estar com alguém que te faz bem... De qualquer forma, tenho os dois!
=)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um salve ao Chico...

E não é o Science, nem o Buarque.
Trata-se do Chico mais comentado dos últimos meses.

Chico Xavier foi muito mais que ele mesmo, caso isso seja possível.
E não é uma afirmação que vem da noite para o dia, é uma confirmação que se deu após uma sessão de cinema.
Confesso que tinha muita curiosidade em ver o filme pelo lado técnico, por conta de ser nacional e por ser Daniel Filho, que adora fazer novela de 2 horas e dizer que é filme.
Mas foi surpreendente, desde a escolha dos planos, da fotografia, da narrativa e da história que amarra a obra do ínicio ao fim.
Não é fácil dissertar sobre um filme, mesmo porque não sou nenhuma crítica de cinema, mas com minha modestia visão profissional, digo com convicção que o filme conseguiu mostrar que Chico foi muito mais que ele.
Aquilo que ele tinha, e tudo aquilo que ele era não cabia dentro daquele modesto corpo coberto com roupas humildes.
Não consegui imaginar ainda como ele pôde suportar com serenidade todas as críticas que sofreu durante tanto tempo. Não sei como ele suportou os maus tratos da infância e toda a repulsa de padres e afins.
Talvez isso esteja muito além da minha capacidade de compreendimento humano, porque me pareceu fortemente que Chico não era humano. Não há como ser.

Não, não sou kardecista, nunca li obras do Chico Xavier e acredito que não lerei. O que eu vi já foi o suficiente.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

E eu me rendi ao tal do twitter

Agora posso escrever bastante bobagem lá e guardar os momentos de inspiração aqui.
To sentindo que no fim da tarde terei alguma coisa nova pra dizer.

Eu sou a @patyjatem

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Mas hein!

Quando loguei aqui, parecia entrar numa casa cheia de poeira e teias de aranha.
Quanto tempo sem escritas novas.
Quanto tempo sem versos e prosas.
Quanto tempo sem lembrar o prazer de escrever.

E falando em lembrar, ando esquecida.
Talvez pela felicidade que muito sinto ultimamente,
tenho esquecido dos amigos que prometo ligar,
os que chegaram de longe e ainda não fui visitar,
dos amigos que tanto quero ao meu lado.

Esqueci de usar as palavras que tantas vezes me aliviaram a dor,
a dúvida, a pressão, as lágrimas.
Esqueci de me esquecer de quem eu deveria,
do que eu deveria, do que eu queria esquecer.

Quando menos percebi, esqueci. Deixei pra lá.
Aprendi sozinha que mágoas e raivas fazem tanto mal...
E então é melhor jogar tudo por aqui, por ali.
Jogar fora o que é ruim e guardar o que faz bem.

Guardo o aprendizado e jogo em água corrente tudo que não é necessário.
Necessário é ser feliz.