Existe em todos nós um defeito muito grande: O de não aceitar.
Não aceitamos a morte;
Não aceitamos o fracasso;
Não aceitamos a perda;
Não aceitamos o esquecimento;
Não nos aceitamos como somos.
Preferimos ao invés disso tentar buscar uma explicação para coisas que são inexplicáveis.
Talvez seja menos duro do que encarar o que quer que seja.
E não percebemos que este é o pior caminho.
Quando magoados, saímos delegando culpas. É mais fácil do que saber que somos nós os culpados.
Pode parecer demagogia, mas não é. Não mesmo.
Demorou um bom tempo para eu descobrir isso. Até que um dia, no meio de um discurso presidencial, uma amiga me disse: As pessoas fazem com a gente o que permitimos que elas façam.
Aceite isso e acredite: Sofre-se menos.
A primeira é sempre mais difícil. Você sai um pouco desconfiado, com medo de onde pisar, depois se acostuma, reconhece que em algum momento você também chateou alguém e percebe que não é proposital, apenas acontece.
Com o tempo, o nosso cérebro acaba se acostumando a nos lembrar disso toda vez que ameaçamos dizer: Mas a culpa é dele/dela.
Não, não. A culpa é sua. Quem comanda sua vida é você, e você escolhe quem vai ganhar papel de protagonista e quem vai fazer figuração.
Nos próximos os tombos são menores e doem menos, bem menos.
Vale a pena. Para sua saúde mental, emocional e é vital para a felicidade.
Eu andava por uma estrada, pisei num buraco, quando olhei para trás, ele não estava lá. Continuei andando e pisei em outro, dessa vez, decidi parar a caminhada. Depois de um tempo, o buraco também havia sumido e, mesmo com a estrada mais escura, voltei a caminhar nela. Havia mais um buraco lá, eu caí, mas dessa vez, escolhi sair pela esquerda.- De quem é a culpa? Da estrada? Não, minha, afinal, fui eu que escolhi voltar a caminhar nela.
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