segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pra que trilhos, se não passa o trem?

Existem milhões de formas de resolver as coisas.
Eu sempre escolho as mais complexas.
Não por uma questão de grandeza, e sim por uma questão de respeito.
Respeito comigo e com os outros.
Eu tenho mania de ser profunda, de analisar todas as pequenas coisas, pequenos detalhes e acabo sempre ficando cheia de argumentos, cheia de coisas para falar e cheia de nove horas.
Oras, o que posso fazer?
Fernando Pessoa me ensinou que devemos ser inteiros em tudo que fazemos.
Não podemos abafar os defeitos ou exaltar as qualidades. Temos que ser apenas o que somos.
Sendo assim, tento ser sempre isso mesmo.
Isso que nem eu entendo.

Tem gente que acha bonito eu conseguir falar tudo que eu quero, eu ter coragem de dar a cara pra bater, de eu ser racional e madura.
Bonito pode até ser, o duro é ser assim.
Você faz, você fala, você decide.
Toda ação, tem reação. E a reação nem sempre é a esperada.
O duro é segurar as pontas depois.

Eu queria muito sumir. Várias vezes.
Queria que inventassem um remédio que me cura do aperto, do sufoco.
Mas não vão inventar.
Essa é uma carga que todo mundo tem que carregar, não há outro jeito.
Podia ser como uma cólica: Você toma o remédio e parece que tiraram a dor com a mão.
É pedir muito?

Nunca pensei que surpresas enchesse tanto o saco.
Nunca pensei que mudanças fossem às vezes tão crueis.

Citando Amelie Poulain e resumindo o texto acima: "São tempos difíceis para os sonhadores"

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