E não é que sem perceber tudo muda de lugar, de visão, de controle.
Até ontem eu controlava mais da metade da minha vida, agora não mais.
Não mais porque meu bem estar depende das pessoas ao meu redor.
Não mais porque meu tempo está ligado ao tempo de outros donos descontrolados.
Não mais porque simplesmente cansei de ter controle de tudo.
De nada me adiantou o cuidado para manter certas coisas que eu sempre julguei importantes, em tão pouco tempo percebi que ninguém se importa. Então para que se importar a toa?
Cuide-me tanto para me proteger de ferimentos, levando ao pé da letra aquele refrão que diz "No one will hurt me, No one" e quando percebi estava cheia de arranhões e cortes.
Tive tanto zêlo com minhas idéias e atitudes até que várias pessoas me mostraram idéias tão mais interessantes e atitudes tão mais significativas.
Nada adiantou não sair na chuva sendo que ela me molhou enquanto eu fechava a janela. Então decidi deixar a janela aberta e a porta também. Fiquei à margem da chuva, do sol, do vento e da leve brisa. Fiquei exposta às alegrias, às decepções e a tudo que vier. Bom ou ruim, não importa.
Tive que aprender que não importa quanto tempo eu demore para construir minha barreira de proteção, sempre tem algo ou alguém que vai destruí-la em um segundo.
Aceitei, embora não sem lutar, que render-se é o melhor a fazer.
"Não se preocupe em entender. VIver ultrapassa qualquer entendimento".
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