terça-feira, 30 de agosto de 2011

Uso indevido da imagem e do som.

Daí você se apaixona e ah... Ele é demais!
Aquele dia na volta da praia, enquanto vocês riam dos acontecidos do fim de semana, ele com a mão na sua perna, você com a mão nos cabelos dele, te lembrou aquela cena daquele filme sensacional que você sabia que um dia ia virar real na sua vida e você, ao chegar em casa, já foi procurar no youtube e postar no facebook com uma legenda misteriosa para você e óbvia para todos os seus amigos que já estranhavam seu bom humor nos últimos tempos.
E rolou também aquele domingo a tarde, que vocês resolveram dar uma volta pela cidade e quando entraram na Fnac estava tocando aquele álbum ótimo daquela banda perfeita e vocês começaram a balbuciar a letra, viraram um para o outro e disseram "Essa música é foda". Sem pretensão, da parte dele. Ele realmente achava a música boa. Lembrava daquele churrasco com o pessoal da faculdade quando todos estavam bêbados e o amigo metido a cantor puxou o refrão e geral começou a cantar alto, tropeçando na letra; Já você, na sua utopia, imaginava essa música como tema da sua história de amor eterno e tratou de usar um trecho como nick do msn.

Mas daí, acabou.
E você percebe que dedicou um puta filme para um puta babaca que nem entendia muito de cinema e nunca poderia valorizar uma obra prima como aquela e toda vez que você ouvir aquela maldita música vai lembrar do infeliz e vai odiar a música, a banda e todo mundo que postar alguma notícia relacionada a ela.

Injusto, para não dizer trágico.
Deveríamos preservar o direito autoral dessas obras e não sair relacionando a qualquer imbecil que beija bem e é engraçadinho.

Marchemos contra o uso indevido de imagens e sons em histórias rasas e ocas.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Como seria?

Não estou na melhor fase da minha vida nesses últimos meses e semana passada tive dias de cão.
Na quinta-feira, após uma série de fatos que acentuaram isso, pensei no meu pai e tive vontade de chorar.
Eu não converso com muita gente que já perdeu pai ou mãe, mas tenho a leve impressão que uma coisa sempre passa na cabeça dos órfãos: Como seria se ele/ela estivesse aqui?
Quinta foi assim. Na verdade eu sempre penso que se ele estivesse aqui, as coisas não seriam como são. Minha vida seria muito diferente.
Dois motivos que me apertam muito a falta dele: minhas vitórias e minhas dificuldades.
Parecia que com ele nada era ruim, tudo se resolvia, para tudo ele dava um jeito e sempre ficava tudo bem.
E eu tenho a implicita mania de fazer as coisas para que sintam orgulho de mim. Não todas, mas a maioria delas. E na hora de contar uma super boa novidade ou agradecer à algo que conquistei, me falta ele lá para me ouvir.
Eu tenho minha mãe, minha irmã, amigos e tal para estar apoiando sempre, mas ainda falta aquela peça, sabe?

Quando penso que ele não está mais aqui, me dá muita vontade de fazer uma mudança muito brusca na minha vida, dar um giro de 180º.
Daí, penso na minha mãe e hoje eu vejo que, por mais que ela reclame da minha ausência, eu sou a companheirona dela; assistimos tv juntas, almoçamos, jantamos e discutimos assuntos atuais como se fossemos colegas de quarto, mas com amor maternal.
É foda.

Hoje voltei para o meu antigo emprego. Não sei se estou feliz ou só estou agradecida por terem lembrado de mim quando precisaram.
É estranho começar algo que não reserva surpresas, que nada é novo e tudo é previsível. A vida perde a graça nesses momentos.

Paralelo a isso, estou lendo o livro da @poalli, o Vacaciones.
Comecei ontem e to curtindo. Cogitei continuar lendo-o madrugada a dentro e vir virada para o trabalho, mas preferi guardar um tanto de divertimento para os dias que seguem.
Ele tá me ajudando a sair do foco. Tá sendo uma fonte de entretenimento e me ajuda a não pensar muito na situação atual. Esse é um jeito mais sutil de assumir que eu fujo de algumas coisas com preguiça de enfrentá-las.

Enquanto nada muda, vou jogando com o que tenho hoje.

sábado, 6 de agosto de 2011

O problema não é a traição.

O problema é o que vem com ela.

É muito bacana se desprender desse mero detalhe. Tudo bem. As pessoas traem, as pessoas são traídas.
Até aí, ok.
Mas no que eu penso é o que está por trás da traição.
Quando você trai, automaticamente você mente.
Independente do tipo de traição.
E mentira é complicado. Ela despontencializa a confiança.
E não se mente só para o outro, mas para si mesmo.
Como se aquela traição fosse ajudar em alguma coisa.
Pode até que ser que mude. Para quem trai.
Mas deve ser ruim conviver com a mentira, não?

A traição é totalmente ligada ao egoísmo.
Pense: Você trai para satisfazer vontades, desejos.
Suas vontades. Seu desejos.
E o outro?
O outro, não importa.

Não critico quem trai, muito menos quem perdoa.
Só não sei se eu conseguiria conviver com isso.
Porque a partir dalí, é muito difícil você acreditar no que a pessoa diz.
Logo, tem que perdoar de verdade. E perdoar é um dom que eu acho que não tenho.

Admiro quem se diz desprendido do monopolismo.
Mas não me acho evoluída suficiente para encarar tal modernidade.
Porque a traição nunca vem sozinha.
Ela traz consigo uma série de consequências ruins para o relacionamento.

Por isso eu acho que relacionar-se com alguém é muito complicado. Requer uma série de coisas que passam desapercebidas.
Para se manter um relacionamento, o querer deve ser algo muito forte, porque ele exige renúncia.
Assumir um compromisso não é como fazer promessa com os dedinhos cruzados.

Mas isso agora é arcaico.

Geral quer ser hype.
Respeito e honra ficaram no século passado.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Meredith Grey

“Eu não tenho idéia porque a gente fica adiando as coisas,
mas se eu tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo.
Medo do fracasso. Medo da dor. Medo da rejeição. Seja lá do que a gente
tenha medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter
tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir”







Especial para Natália Corso.