terça-feira, 14 de maio de 2013

GRINDR

Que a internet já substituiu o contato físico, é fato. Assim como substituiu o almoço casual entre amigos que trabalham próximos, a festa que reúne os amigos do colégio e o cinema como pioneiro em primeiros encontros.
Para que sair de casa se você tem um meio de "encontrar" todo mundo, ao mesmo tempo e de pijama?
É irresistível, cômodo e evita a fadiga.
O problema é que isso fez com que as pessoas se afastassem cada vez mais.

Mas há quem usa a internet e todas as suas maravilhosas ferramentas para fazer justamente o contrário. 
O aplicativo Grindr (para celular) é uma rede social onde ninguém compartilha foto de cachorro estrupiado. Nem imagem de natureza com frase do Caio Fernando Abreu. 
As pessoas que aparecem para você são as que estão próximas de você fisicamente (km), ou seja, o aplicativo é um facilitador de encontros repentinos. 
Você está em casa, ativa o grindr e vem uma pessoa que está em um raio de 3 kilometros de você e te chama para, sei lá, comer uma pizza. Você olha o perfil, se curtir, vai.
Simples assim.
Uma pena que só há um público que saiba realmente aproveitar dessas maravilhas.

Os gays são incríveis! São desprendidos, se jogam nas possibilidades e por isso estão sempre rodeados de pessoas interessantes.
E antes que digam que eles são assim por conta da promiscuidade, já adianto que conheço muuuitos casos de encontros que não deram em nada. Foram lá, beberam uma cerveja, falaram da vida e cada um foi para o seu lado. E voltaram dizendo que valeu a pena, afinal o papo foi super agradável.

Não sei porquê temos esse receio de usar esse tipo de recurso. Se a internet é para aproximar pessoas de pessoas e de informações, porque não fazer jus ao objetivo?
Tudo bem que há no mundo um monte de gente maluca, mas pode ser que as pessoas estejam apenas querendo se abrir a outras possibilidades, outras conversas, outros rostos.

Sinto uma inveja enorme dos gays. Desse ímpeto sem receio de se abrirem para o novo.
Talvez seja por isso que há tanta gente passando para o lado de lá.


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