sexta-feira, 28 de março de 2008

Amores.

A vida é toda construída de amores.
Amores que nem sabem se são amores, mas assim se denominam.
Amores que cobram, que mentem, que enganam.
Amores de nome, de compromisso, de aliança.
Amores que acabam sem nem saber o porque, ou amores que acabam mas que resgatam todo o sofrimento para tentar se explicar.
A perda, a dor, o solidão.
Os telefones que não tocam mais.
Os finais de semana perdidos na noite.
As lágrimas que não cesam.
As cartas que não chegam.
Os presentes guardados. As caixas que não se abrem mais.
E todo o sofrimento trazido pela dor que alimenta os dias angústiosos a procura de alguém pra preencher o vazio. Em vão.
Amores relapsos. Amores que não se esquece.
E as lembranças que não te deixam continuar.

"Ter memória, é não ter paz".
That´s all Folks.

quinta-feira, 27 de março de 2008

O dois. Os um.

Nas ruas, nas músicas, nos versos, na tv, na rádio, no cinema, o que é mais comum de se ver/ouvir são pessoas falando de amor, procurando amor, descobrindo o amor.
E nessa procura incessante, nos deparamos com pessoas sem rumo. Desesperadas, desiludidas.
Oras, se nascemos por fruto de um amor, ou quase, é normal buscarmos isso para nós.
O problema é saber controlar isso.
A paixão que atraí, que encanta, que preenche o vazio.
Que vira desejo incontrolável, impulsivo, obsessivo, doente. Que vira posse, anulação.
Que uma hora, para um ou para o outro, ou com sorte para os dois, vira um saco!
Que termina. E vira perda, dor, sofrimento.
Tudo isso porque as pessoas não sabem mais namorar, elas simplesmente se "casam".
E começam as brigas, as cobranças, as chateações, as mancadas.
E vem os casos de idas e vindas.
Os pseudo-casamentos e as separações constantes.
E aí vira tudo de pernas pro ar.
E a gente não entende mais nada. Não quer mais nada. Não acredita em mais nada.
É engraçado que quem está vivendo não entende nada disso.
É engraçado que a gente só percebe isso quando descobrimos que a vida é muito mais do que encontrar um grande amor.
Que o personagem principal do nosso filme somos nós mesmos, e que mesmo descobrindo tudo isso, ainda sorrimos ao ver uma cena bonita de amor.

"(...)Uma relação tem que servir para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois".
That´s All Folks

terça-feira, 25 de março de 2008

O mundo e as linhas

Entre passos, sorrisos e palavras, caminho em direção ao nada e sem perceber caminho para o mundo que crio.
O mundo que ainda não conheço e que se forma a cada nova descoberta.
O vazio que preenche o meu mundo numa deliciosa contradição que aguça a curiosidade com um prazeroso clima de tensão.
Descubro todas as coisas que olho mas não vejo. Todas as coisas que me passam pelos olhos sem eu perceber os detalhes que as formam.
As coisas que toco sem sentir.
As mãos que se alisam.
Os abraços que se apertam.
Os cheiros que não sinto.
O beijo fora de hora. O beijo sem compromisso. Apenas as linguas que se tocam embaladas pela sensação de desejo e prazer.
O caminho continua por linhas que desenham meu espaço me levando a lugares onde tento descobrir onde vou chegar.
Entre pés, lábios e letras...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Em fase de descoberta

Me lembro que antes do ano virar, dei uma lida no meu horóscopo (sim, eu acredito) para "saber" as coisas que poderiam acontecer esse ano na minha vida.
Dentre tantas coisas que li, uma delas era que este ano conheceria muitas pessoas diferentes e interessantes e que de certa forma isso influênciaria bastante na minha vida. E realmente expandi muito minhas amizades. Começou com a viajem de fim de ano, onde passei a virada junto à pessoas que mal conhecia e descobri com elas um jeito diferente e prazeroso de se divertir.
O ano começou bem agitado. Com muitos projetos, viajens, casamento.
Esses projetos me levaram a conhecer pessoas fantásticas e que realmente fizeram uma grande diferença. Alguns em especial.
E hoje, nesse momento que escrevo, percebo que os conhecimentos de um completam os conhecimentos do outro.
Tive conversas com ambos que me instigaram muito, me ajudando, um, a entender a fase da minha vida que eu estou vivendo e outro a querer descobrir quem eu realmente sou ao invés de viver em função do que eu sei.
Essa segunda parte é a mais recente, o que explica o título do texto.
Mas essa segunda pessoa me mostrou(e me ensinou) que existe a diferença entre saber o que realmente você é e contentar-se em saber o que você sabe.
Um pouco confuso ao ler, mas se você se perguntar "Quem realmente eu sou", as coisas ficam mais fáceis de entender.
De fato é um pouco esquisito eu me questionar essas coisas com a idade que tenho, embora não seja velha, mas esses tipos de questões são levantadas durante a adolescência onde estamos formando ( ou achamos estar) uma personalidade. Formando um caráter, criando uma identidade.
E descobrir que existe essa diferença me levantou a questão que agora tento encontrar uma resposta.
Quando refleti sobre isso, percebi quão despercebido isso passa na vida das pessoas. E quão trágico seria saber disso no fim da vida. Olhar pra trás e não saber responder quem você REALMENTE é. O contentamento em saber o que se sabe é suficiente, para alguns, para aqueles que não sabem dessa diferença.
E a diferença está aí.
A diferença é a opção que se escolhe. Qual a satisfação que você quer ter em seu leito? O que te contenta e o que realmente te faz uma pessoa satisfeita.
De fato nunca estamos satisfeitos com nada. Sempre estamos em busca de algo. Mas será que o objetivo que você almeja é algo que possa ser lembrado?

Bem, cada um tem uma escolha na vida. Cada qual escolhe de que forma quer viver.Existem os que se contentam com pouco, e existem os que não.
Eu fiz minha escolha e mesmo que demore muito para saber a resposta, um dia eu vou saber quem eu sou, de verdade.

Pai, em toda minha existência vou sentir saudades e para todo o sempre. Toda essa descoberta me fez pensar ainda mais em você. A falta que você faz é invisível aos olhos, mas presente no meu coração. Hoje, em especial, queria te ter aqui comigo.

That´s All Folks...

terça-feira, 11 de março de 2008

A Mil por hora.

Assim,
É engraçado que ultimamente ando tão pensativa em relação a tudo que não consigo escrever nada.
Talvez, não estou sentindo a necessidade de fazê-lo.
Ainda com muitas coisas pendentes, algumas chateações, coisas para correr atrás, enfim, muitas e muitas coisas...coisas essas que nem sei por onde começar e nem quando começar.
Tenho que voltar a pensar no momento de agora. Me voltar ao presente. Porque é ele e nada mais.
Aconteceram coisas muito boas para mim esses últimos tempos.
Conhecer pessoas fantásticas, me aproximar de tantas outras especiais e não perder as que estão andando lado a lado comigo desde o ínicio até o fim.
Apesar de ainda não ter encontrado meu emprego, estou com muita fé de que logo menos eu vou conseguir. Logo menos, tipo essa semana!
Sou otimista sim! E adoro quando isso toma conta de mim.

Estou um pouco afastada de filmes e tal.
Mas estou vivendo, a melhor fase da minha vida.
Me auto reafirmando todos os dias. Acreditando cada vez mais no que eu posso e vou fazer.
E com uma sensação de que a vida está começando agora e eu ainda tenho muito pra viver!

Amanhã, show do Interpol. Obrigada Mana por ter me dado o ingresso!
Engraçado como as pessoas influênciam sem querer nas nossas vidas.
Motivos para não ir nesse show, eu tinha, mas me mostraram mil motivos para ir e isso me deixa imensuravelmente feliz!

Bem... Não tenho muito o que dissertar aqui, mas vamos que vamos!
Que a fila anda e a catraca gira...e tudo isso no melhor dos sentidos.

That´s All Folks!