quinta-feira, 27 de março de 2008

O dois. Os um.

Nas ruas, nas músicas, nos versos, na tv, na rádio, no cinema, o que é mais comum de se ver/ouvir são pessoas falando de amor, procurando amor, descobrindo o amor.
E nessa procura incessante, nos deparamos com pessoas sem rumo. Desesperadas, desiludidas.
Oras, se nascemos por fruto de um amor, ou quase, é normal buscarmos isso para nós.
O problema é saber controlar isso.
A paixão que atraí, que encanta, que preenche o vazio.
Que vira desejo incontrolável, impulsivo, obsessivo, doente. Que vira posse, anulação.
Que uma hora, para um ou para o outro, ou com sorte para os dois, vira um saco!
Que termina. E vira perda, dor, sofrimento.
Tudo isso porque as pessoas não sabem mais namorar, elas simplesmente se "casam".
E começam as brigas, as cobranças, as chateações, as mancadas.
E vem os casos de idas e vindas.
Os pseudo-casamentos e as separações constantes.
E aí vira tudo de pernas pro ar.
E a gente não entende mais nada. Não quer mais nada. Não acredita em mais nada.
É engraçado que quem está vivendo não entende nada disso.
É engraçado que a gente só percebe isso quando descobrimos que a vida é muito mais do que encontrar um grande amor.
Que o personagem principal do nosso filme somos nós mesmos, e que mesmo descobrindo tudo isso, ainda sorrimos ao ver uma cena bonita de amor.

"(...)Uma relação tem que servir para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois".
That´s All Folks

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