quinta-feira, 10 de abril de 2008

Cinzas

Ando pela rua ao som de uma música qualquer.
O céu está escuro, quase negro, sem sinais de estrelas.
A garoa molha meu cabelo e eu não me importo com isso, quase nem percebo.
Chego em casa, ligo a TV. Nada que me prenda.
Ligo o som e ouço músicas que não presto a atenção.
O barulho da água fervente me desperta. Molho o pó. Seguro a xícara e me sento na escada, próxima a janela.
Acendo um cigarro. Observo ele queimar, enquanto relembro de tudo o que aconteceu aquele dia.
As coisas passam pela minha mente e vão perdendo a cor, a forma, como as cinzas que sujam o vidro da janela.
O cigarro acaba, como tudo que acabou um dia.
Perde a forma, perde o gosto, se perde...Me perde.
Permaneço sentada. Espero passar a tontura e me dou conta que não me recordo de nada que se passou a partir do momento que risquei o fósforo.
Levanto, e olho para os meus pés a caminho da cama.
Apago a luz. Me deito e entro nos meus devaneios absurdos, esperando a hora de acordar, tomar o café acender o cigarro.

Um comentário:

Anônimo disse...

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