sexta-feira, 23 de maio de 2008

O mais novo apaixonar.

Ora, se eu com vasta sabedoria sentimental consigo de forma positiva ajudar as pessoas, porque justo a mim não consigo ao menos mover meus pés do lugar?
O apaixonar e desapaixonar-me é tão constante que às vezes penso estar vivendo numa vulnerabilidade tão intensa que não sei o que acontecerá amanhã.
Na verdade nunca sei o que vai acontecer, mas esse não saber, por vezes me assusta.
Me assusta também estagnar no tempo amoroso.
Me assusta esse egocentrismo que me toma por inteira.
Me assusta estar preocupada apenas com minha carreira e quando eu estabilizar, o que sobrará de mim?
Viverei fantasiando cenas, casos, situações com pessoas que talvez nem existam e se existem nem sabem quem sou eu.
Depositarei toda a minha inspiração e emoção em contos que jamais serão lidos, se quer vistos por pessoas que de fato deveriam ver.
Ora, se minha missão nessa vida for apenas mostrar um outro lado das coisas, e viver com a ilusória sensação de um dia chegar a minha vez (...).
Tudo bem, eu aceito.

2 comentários:

david santos disse...

Olá!
ÉS UM SER HUMANO, LOGO, TENS OS MESMOS PRECONCEITOS, CERTEZAS E DÚVIDAS, QUE OS OUTROS TÊM.
NADA MAIS.
PARABÉNS.

Renoir Dacaza disse...

pensa que se soubesse repsonder sobre teu próprio amor, jamais ajudaria alguém. todos saberiam se auto-responder. a graça está em aprender com cada amor, tornar-se mais apta à pensar em cada situação para evitar problemas iguais. estes sim estagnam o sujeito. sede cada vez mais apaixonada, não é o amor que faz mal, é o mau exercício dele. ame sem moderação, mas com sabedoria, já que o controle sobre um amor de verdade inexiste.

amar pouco é não amar o suficiente.

boa sorte.