segunda-feira, 19 de maio de 2008

Porque metade de mim...

Eu também, assim como todo mundo, sou dividida.
Sou metade razão, metade emoção.
Sou metade amor próprio, metade amor aos queridos.
Sou metade desencanada, metade preocupação.

Sou duas metades, sou a junção de dois mundos. De duas culturas, de duas histórias.
Sou metade pai, metade mãe.
Assim sou de forma simples e por vezes notória um alguém bem diferente e esquisito.
Sou metade carência, metade solidão.
Metade silêncio, metade um grito.
Misturo tudo que me forma e crio meu próprio eu.
O eu que imagino, que fantasio, que me alegra.
Eu que faz planos, que desfaz e refaz só para honrar a palavra.
Eu que sinto saudade, que sinto falta, que sinto frio.
Eu que mato todo o sentimento triste tentando fazer alguém sorrir.
Eu que estou junto, mas também estou sozinha e acomodada.
Me tranco no quarto, acendo um incenso e relaxo.
Me tranco no carro, entro no trânsito e me estresso.
Deito na cama, penso, choro.
Vou ao banheiro, lavo o rosto e me maquio.
Deixo a tristeza, a saudade, a decepção no travesseiro.
Saio sem olhar pra trás e sem buscar nada a minha frente.
Busco o meu eu. Aquele que perdi na contra-mão.
E volto a ser quem sou.
Sou eu. Sou assim. Metade loucura, metade calmaria.
E isso já me é o bastante.

That´s All Folks.

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