domingo, 23 de novembro de 2008

Começei a cansar de filosofar quando percebi que eu não levava essa filosofia a sério.
Eu passo uma boa parte do tempo criando coisas para serem resolvidas. Que coisas são essas que preciso tanto resolver?
Não é nada. Não é coisa nenhuma. Eu só fico caçando o que fazer.
Eu reclamo que as pessoas não gostam muito de seguir em frente, eu brigo com aquelas que andam pra trás. E eu? Estou dando passos largos?
Não, eu estou andando de um lado pro outro sem saber para onde vou.

Não. Não. Não. Estou cansada de dizer não, de ouvir não, de pensar que não.
Eu Não quero mais o Não pra mim.

Eu faço mil coisas durante a semana toda e durante o final de semana e continuo vazia.
Eu ainda preciso me encontrar de verdade.
Parar de preocupar com tudo que acontece ao meu redor e começar a me preocupar com meu próprio umbigo.
Se é que tenho um umbigo. Se é que tenho com o que me preocupar.

Vou sair da órbita terreste. E realmente não faço idéia de onde vou parar.
Então vai se foder e pára de me irritar!
Minha mente não pensa, hibernou.

E eu estou cansada. Muito cansada.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

21 de novembro de 2008.

Exatamente hoje e se pá, mais ou menos nesse horário que muita coisa mudou pra mim.
Hoje faz 4 anos que eu deixei de ser a filhinha para se tornar responsável pela carga que estava por vir.
As vezes parece que foi ontem, porque dói.
E eu não queria ficar triste hoje e nem lembrar com pesar.
Desculpa, te culpei demais esse tempo todo.
É verdade, fiz muita besteira pra tentar esquecer, até descobrir que tudo que eu não queria era esquecer de você.
Juro!
E não esqueço nem um segundo "pois temos o amor maior do mundo"!
É cara, você é o cara!
Me lembro de cada momentinho besta que passamos juntos. Quer dizer, nem de todos né, afinal, foram 18 anos nessa vida fantástica que você me proporcionou.
Eu sempre reconheci, quer dizer, as vezes te deixei de lado, assumo, mas nunca quis ter um pai diferente. Isso é um fato.
Segura. Segura. Segura. Segura essa lágrima que quer sair.
Segura. E vamos continuar caminhando.
Um dia vamos nos encontrar. E vai ser uma festa, ou um churrascão como você gostava e eu também!

Desculpa, eu queria fingir que esqueci que dia era hoje, mas não deu. Tá difícil.

Sabe o que me acalma? É saber que você vai ser sempre a minha borboleta. Eu te amo. Pra todo o sempre!

- É bobagem chorar por laços que parecem desfeitos mas continuam firmes. Alguns laços são teimosos, a gente pensa: "Poxa lá se foi ele". Mas ele continua ali, que nem alguns amores".

E pra fechar: E não há nada pra comparar, para poder lhe explicar, COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Todo começo é sempre o fim de algo que é bom, ou de algo ruim...

Hora do balanço geral, uma vez que acredito que o ano começa quando fazemos aniversário, afinal, conhecemos o mundo a partir do nascimento e não a partir do dia 1º de janeiro.

Este foi um ano, diria, produtivo.

Um ano bastante confuso também. Ano com decepções, com afastamentos, e por outro lado, de aproximações. E essas são sempre as melhores.
Foi um ano de conquistas. Um ano de descobertas, de tomar coragem, de saber quem são os amigos.
Muitas pessoas passaram, outra entraram, e muitas ficaram. E ficarão.
Risadas, diversão, reflexão. Ano de bons shows. Ótimos, eu diria.
Meu ano 9, foi um ano de finalizações.
Bati o martelo em muitas questões, e acho que não deixei nenhuma pendência.
A partir do dia 16, o ano começou, do ínicio sabe?
Fui colocada em teste muitas vezes e em algumas me saí muito bem, em outras nem tanto. Mas, sobrevivi.
A saudade bateu mais forte esse ano. E tive amigos mais fortes ainda para me ajudar a superar.
Tive nesse ano uma mãe de ferro. De ferro mesmo!
E acredito que esse ano, após muitos tombos, foi a primeira vez que eu realmente abri meu coração para ela em relação a tudo que nos aconteceu. Aliviou.
Ao mesmo tempo que me aconteceram muitas coisas, me senti em alguns momentos vegetando, parecia que as coisas não andavam. Mas enfim, estava tudo guardado...I guess.

Ah, o inferno astral esteve presente, como sempre. Ele durou mais ou menos 2 semanas. Aliás, acho que essa semana ele vai começar a dar sossego.

Enfim, que meu ano 1 venha com força total, já está vindo na verdade, e tem mais, muito mais!
Foi dada a largada. Let´s Bóra.

p.s.: continuo não tendo muita simpatia com meu aniversário. Fato.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Versus

Ei, porque tá aí parado? Anda logo, o trem já vai sair!
- Que trem?
O trem da vida! Tá esperando o quê? E esse vaso de turmalina da sua avó?
- Ahn, nem sei quem é Turmalina, e minha avó morreu faz tempo!
Então para de ser cagalhão vem!
- É...Parece que vai chover...
E daí? Quem se importa? Melhor ainda se chover. A chuva lava a alma e a sua anda meio sujinha. O que é? Tá me olhando assim porque? Não precisa ter medo, me dá a mão, eu sou a ousadia.
Ah vá? Não me conhecia não? Pois bem, tú achavas que vitórias caiam do céu? Pois sinto te informar que não, elas não caem do céu e nem brotam no chão.
Vitórias são conquistadas e conquistas requerem ousadia, e é por isso que estou aqui.
Ora, porque choras? Precisa desabafar? É, o coração anda pesado né? Tá cansado de tanto sofrer...
Pô! Tú ainda está com o vaso? Pra que tanta cautela se a vida vire e mexe nos atropela sem aviso prévio nos deixando estirados no chão, a Deus dará!
É, aproveita porque somos jovens e temos todo o tempo do mundo.
A chuva já passou e nos molhou inteiros. Os nossos pés, veja, estão sujo de lama e o vaso de turmalina já está todo quebrado. Não disse que cuidado demais não adiantava de nada?!

Vem, vamos embora, puxar galhos de árvores e molhar quem está embaixo! Vamos pisar nas poças de água, rolar na grama molhada e uma infinidade de coisas.
Aproveita os poucos momentos que sabemos que são certos, a gente nunca sabe quando será nosso último banho de chuva e nem quando virá o próximo.
É agora sacou? Agora!


That´s All Folks

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Fim.

Voltando hoje para casa, em frente à uma faculdade de Guarulhos, para ser mais exata num ponto de ônibus, vi um corpo estirado no chão. Um corpo de um homem, sem a camisa (que deviam ter tirado para a massagem cardíaca) e estavam tentando reanimá-lo. Uma pessoa no celular estava ao lado, talvez ligando para uma ambulância.
Não vi o rosto, haviam muitas pessoas ao redor, mas percebi que se tratava de um homem com uma idade madura, talvez uns 40 anos.
Tudo bem, talvez uma vida que se encerra, talvez uma recuperação milagrosa. Não sei.
Mas junto com essa vida que talvez se encerrou hoje, se encerraram planos de uma esposa e de filhos para a viagem de fim de ano; encerrou-se uma promoção para um bom funcionário; a função de uma empresa encerrou-se.
Encerrou-se a vida de um pai-herói, encerrou-se a vida de um marido companheiro. Começou os medos de uma mãe cautelosa.
Pode ser banal para quem vê, para quem lê... Mas só entende, e sente, quem já passou por isso.
Não é fácil recomeçar. Na verdade você nunca Re-começa, você continua. Por força brutal da vida, você simplesmente continua.
As coisas sempre voltam à minha cabeça quando essas coisas acontecem, e se acentuam nessa época do ano.
Eu digo isso, porque eu não recomeçei, tampouco começei. Eu apenas estou vivendo.

Disfarço a tristeza, disfarço minha timidez, disfarço meus medos, minhas crises, disfarço minha carência e a falta de força.
No final disso tudo, acabo por viver disfarçando, ao invés de disfarçar o que eu estou vivendo.

"Nós estamos tão acostumados a nos disfarçar dos outros que acabamos nos disfarçando de nós mesmos."
(La Rochefoucauld)

That´s All Folks